Universo Paralelo

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Onde estou, a chuva não tem cor, o sol não tem força,
As brisas do outono não levam desejos desencantos,
As árvores não tapam o outro lado de meus olhos

Onde vivo não há quem me ignore ou tormente
Não há quem me odeie, rejeite ou desafie
Não há quem me queira mal

Onde estou faço parte do corpo físico
E da alma abstrata das magias a serem descobertas
Da poça d´água parada, sendo tocada por gotas a se lacrimejarem

Do orvalho da manhã ao entardecer sombrio e avermelhado
Faço parte das auroras das noites, enfeito o céu em cores cintilantes
Compartilho a escuridão com as estrelas, torno-me fiel á própria existência

Eu sou o silêncio da madrugada, sentido pela ausência do ruído
Nas horas de solidão amarga eu faço parte deste ar
Faço da vida o motivo da realização dos medos

Algo que me faz falta, no meio do nada
A metade que desconheço e temo seu olhar
É ela quem sou.

A Distância


A distância em certos casos deixa-me a refletir
E questiono-me a respeito dessa inimiga de nossas vontades
Que deixa você além de meu alcance
Incentiva a minha imaginação
fazendo com que eu sonhe
na possibilidade de encontrar-te
Mesmo que o tempo seja tal qual aquela que nos separa...
Agora está chovendo lá fora
E mesmo o som dessa chuva que cai
Deixa-me sentir ainda mais distante de algo real
Mas também é com ela que penso na possibilidade
de abraçar você, sentir você,
Concretizando algo que parece impossível
Vou buscar além de mim, além de ti,
Além do incompreensível, do notável, do óbvio
E mais que isso, o que sinto e o que não posso sentir
Saber que está aqui dentro de mim, saber que está...
Que existe e que me traz momentos felizes
É o que faz-me ter um motivo a mais pra sorrir
Porque sei que de alguma forma
Nossos pensamentos e sentimentos
Têm força e confiança para caminharem juntos
De mãos dadas, através do laço da amizade e compreensão mútua.

Duas Faces


Busco a razão de minha intenção para com você
O motivo pelo qual coloca-me a sentir sua presença
Faz-me ter o mundo nas mãos
Sinto esse poder fazendo parte de minha essência
Deslizando em mim, pairando sobre o ar
Põe-me em um patamar onde jamais me permiti estar
Onde o limite não mais existe
E nada se sobrepõe a mim
E nada pode além de mim
É também quem me tira a "soberania" sobre minhas atitudes
Dá-me apoio e toma de mim essa segurança
Constrói pra mim um castelo de papel
Deixa-me ser dona de seu mundo
E mostra a face desconhecida
E destrói minha construção
Perturba a minha alma, tira meu sono
Rouba meus pensamentos
Faz marcas em meu corpo e não as tira mais
Diz logo o que quer
Tira de mim o que devo-lhe
Mas seja rude, seja claro, objetivo...
Atira em mim uma vez só, mas acerta
Bem profundo e finaliza essas questões
A conseqüência disso será a minha satisfação
Em saber que não estou ligada a mal algum
Mal este que se torna você
Desprendo do pesadelo da sua influência
Sobre minhas forças
Atingindo assim o ápice de meu próprio domínio.

O Resto é Ilusão


E mesmo que o meu sorriso demonstre verdades falsas
E mesmo que eu perca pensando ter vencido
Desde a minha ternura até a minha ira
O olhar além do que posso ver em real,
Tudo que sou, devo a você
Derrama em minhas mãos,
Perde entre meus dedos
Uma desilusão, em uma derrota
Assiste e teme, corre e livra-se
Posso eu entregar o que sobrou
De mais um tempo de dor?
Estou construindo um barco
Pra chegar onde minha imaginação
Me leva toda noite...
Irei eu te encontrar?
Você está me enganando
Estou confiando na tua voz
Que soa em meu ouvido e me diz:
"Sim, é isso, basta acreditar"
Faz novamente, eu na minha inocência
Mergulho em profundidades
Não conhecidas e angustiantes
Apesar de corpos e mentes sãs
Sei que já perdi a razão.