Autocontrole


Desejei fechar os olhos e encontrar-me em outra dimensão, onde jamais estive antes. Nesse lugar onde nada mais existe além do vazio e da ausência de dor, seja ela qual for. A sobriedade deixava-me em estado de indiferença, indignação e às vezes batia um certo desespero. Não necessitava muito, bastava-me apenas acabar com aquilo que sentia. Quando dei por mim, mãos trêmulas e olhar exausto, foi difícil, tanto é que não pude conter as lágrimas que sobre a face dilaceravam aos tormentos meus.
O amor podia fazer parte de uma vida onde apenas a rejeição era conhecida, o desespero da partida, ainda que contra vontades. Essa força era maior que qualquer outra força a qual sentia poder dominar. E nessas horas percebia não poder dominar coisa alguma.
Como poderia algo, qualquer que seja naquele momento, até mesmo os grandes problemas mundanos fazer alguma diferença naqueles minutos. A destruição podia vir a um minuto de separação que nada havia de mudar. Não havia pena, culpa, sentimento, apenas algo incomodando aos sentidos internos.
Então, uma vez mais, era aquele nome que vinha de encontro ao meu ser, chamando meio que por inconsciente...
Desejei fechar os olhos e encontrar-me em uma outra dimensão...