Barato de procurar-te
Deslumbro ao encontrar-te
Magia de um momento, passado simples
Glória de um dia só, em curto espaço de tempo,
A porta está aberta e eu convido-te a entrar
Encara minha desconfiança
Aquela de quem não viu o sol da manhã
Na tempestade do meio-dia
O que dura para sempre, não tem valor
Ao passo que impossibilidades podem ser viáveis
E até onde pode-se acreditar
Mesmo em situações remotas e improváveis
A liberdade em troca de um sentido idealizado
Sentimento de estar bem, comigo, com você
E não agradar a teu modo, não fazer parte de sua vida
Da maneira como gostarias que fosse
Erros comparados a existência entendiada
Desejos irrealizáveis, acontecimentos certos
De que em outra maneira, não há de ser realidade
É porque assim há de ser, simples, porém amargo
Ainda que justo, não dito almejado
Mas como parte, em desafio à força e resistência
Vinda da alma, impedida apenas por contradições
Que ignoram a perfeita harmonia e traz consigo
A mancha que reluz no espelho da alma
E assemelha à vida, indiferente.