
Nunca imaginei que um sonho fosse capaz de me fazer acordar aos prantos. Minha irmã e eu revendo "parentes distantes" e quando ela chega não quer conversa. Em meio a minha ofença e desabafo, ao lado de minha irmã, ela saca um revólver, engatilha a arma. Eu sem saber o que fazer, apenas implorei para que ela não colocasse em prática aquele ato que estava acontecendo frente aos meus olhos. Não havia muito o que fazer, ela estava bravamente decidida. Então abaixei a cabeça e confirmei o ato. Ela atirou, mas eu não senti dor. Dor física. A dor que senti foi real, diria ser bem mais intensa do que o que conhecemos por "dor". Era uma mistura de lembraças, amor, ódio, momentos, convívio em família, tristezas e alegrias.
Quanto à minha irmã, não tive tempo de ver se houve atitude. Nem sequer pude olhar para ela em última vez. A situação conseguiu me atingir antes mesmo que fosse posta em prática. E apesar de estarmos em meio a rua, isso não foi motivo para que ela pensasse nas conseqüências.
Através daquela atitude, ela tapava tudo que havia entre nós. Colocava um ponto final e decidia a nossa história, como quem decide por sair na chuva ou não, assim era ela, no momento daquele ato.
Quando dei por mim, acordei aos prantos, sem forças, entregue àquele sentimento vazio, acreditando agora mais do que nunca, que sou mesmo muito frágil, apesar de poder parecer forte, destemida, fria, ou até sem sentimentos intensos. Mas sabia que não era apenas um sonho. Fazia tudo ali, parte de um sonho de uma vida vivida lado a lado, expectativa de um futuro construído junto, amor incondicional, inocente e total e tudo mais que pode fazer parte de uma relação avó/neta.
Através daquela atitude, ela tapava tudo que havia entre nós. Colocava um ponto final e decidia a nossa história, como quem decide por sair na chuva ou não, assim era ela, no momento daquele ato.
Quando dei por mim, acordei aos prantos, sem forças, entregue àquele sentimento vazio, acreditando agora mais do que nunca, que sou mesmo muito frágil, apesar de poder parecer forte, destemida, fria, ou até sem sentimentos intensos. Mas sabia que não era apenas um sonho. Fazia tudo ali, parte de um sonho de uma vida vivida lado a lado, expectativa de um futuro construído junto, amor incondicional, inocente e total e tudo mais que pode fazer parte de uma relação avó/neta.
Mas eu não a culparia. Eu sei que neste mundo há fatores que transformam as pessoas: ambições, traições, desejos, prazeres, a lista seria enorme. Eu prefiro acreditar então, que teria sido ela afetada por isso. Eu lamento muito por ela, a gente acaba perdendo muito, e não apenas o que está diante dos olhos, mas também o que guardamos no coração e na alma.
E isso me dá medo. Mas medo de quê? Não acredito e nem acho possível imaginar a realização daquele sonho, seria algo longe demais pra mim. Eu que acredito que nada é impossível neste mundo. O medo acredito ser desses defeitos mundanos, aos quais não somos ou nem sempre somos capazes de controlar. Foi o que fez-me criança novamente, acordando após um simples pesadelo.
P.S.: De fato houveram desavenças na vida real =/